Em meio à pandemia do novo coronavírus, pesquisadores alertam para uma nova epidemia de zika vírus no Brasil. De acordo com a pesquisa publicada no início de junho no periódico International Journal Infectious Diseases (IJID), foi detectado um tipo africano no vírus, com potencial para originar uma nova pandemia.
Um dos líderes do estudo, Artur Queiroz, disse à Globo News que dois dados indicam que a nova linhagem do zika vírus circulou no Brasil em dois estados: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os hospedeiros que abrigavam o vírus também eram diferentes: o ‘primo’ do Aedes aegypti, chamado Aedes albopictus, e uma espécie de macaco.
O boletim epidemiológico mostra que, entre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o zika vírus é o que apresentar menor número de casos em 2020. Em contrapartida, segundo os cientistas, tudo isso pode mudar por causa da nova linhagem. O Ministério da Saúde informou que em 2020 foram notificados 3.692 casos prováveis do vírus, contra 47.105 casos da chikungunya e 823.738 de dengue.
No Brasil, os cientistas acompanham as linhagens do zika vírus. Até 2018, a maior parte era de um subtipo asiático de Camboja (90%). Em 2019, outro subtipo passou a preponderar: o da Micronésia. No mesmo ano, 5,4% das sequências eram inéditas no país, de origem africana. A conclusão dos pesquisadores é que, como a maior parte da população não possui anticorpos, há um perigo para uma nova epidemia.
Como evitar o zika vírus
Como ainda há muitos detalhes acerca do zika vírus africano, sua proliferação e sintomas, o ideal é seguir as mesmas recomendações de autoridades sanitárias para o mosquito Aedes aegypti. Veja alguns cuidados para evitar o zika vírus:
Evite o acúmulo de água
Para reduzir o número de mosquitos, recomenda-se manter os reservatórios e qualquer lugar que possa acumular água com telas e tampas, impedindo o acesso de fêmeas grávidas do mosquito Aedes aegypti ou semelhantes.
Use repelente
Outra forma para evitar picadas de mosquito é usar o repelente de forma tópica. Na hora de aplicar o repelente, use apenas o suficiente para cobrir levemente a pele. O produto deve ser aplicado sobre a pele exposta e pode ser borrifado nas roupas.
Antes de usar o repelente na face, o indicado é aplicar uma fina camada nas mãos e, em seguida, espalhar o produto no rosto.
Caso seja em spray, o melhor é espirrar o repelente nas mãos e em seguida espalhar no rosto, tomando cuidado para não passar nos olhos e lábios. Após a aplicação do repelente, é importante higienizar bem as mãos. Para evitar que, haja contato com os olhos.
Prefira roupas compridas
Especialistas recomendam – principalmente para mulheres grávidas – utilizar roupas que deixam poucas partes do corpo expostas ao mosquito. Existem algumas peças especiais que possuem permetrina, um inseticida sintético incorporado ao tecido, mas só está disponível em alguns países.
Fortaleça o sistema imunológico
Apesar do sistema imunológico não prevenir a picada do mosquito, a imunidade evita que o vírus desenvolva sintomas mais graves, gerando respostas imunológicas mais rápidas.
Portanto, priorize uma alimentação saudável, pratique exercícios físicos e mantenha os níveis adequados de vitaminas e minerais no corpo.
A deficiência de certas vitaminas deixam nosso organismo mais vulnerável a vírus e infecções. Pesquisas inclusive relacionam a falta de vitamina D com baixa imunidade.
Segundo pesquisas, metade da população mundial sofre de deficiência de vitamina D por causa da baixa exposição solar. Por isso, alguns optam por suplementação vitamínica.