Apesar de estudos científicos apontarem que o novo coronavírus afete com menor frequência as crianças, alguns casos de morte têm acendido um sinal de alerta dos médicos e dos pais. Nas últimas semanas de julho, quase 100 mil crianças foram infectadas pelo vírus nos Estados Unidos – um aumento de 40%, segundo organizações. Recentemente, um menino de 12 anos sem problemas de saúde morreu vítima da doença, em Santa Catarina.
Criança pega coronavírus?
Embora estejam menos vulneráveis a sintomas mais graves, as crianças pegam coronavírus. Ou seja, elas não estão imunes à Covid-19. De acordo com pediatras, o vírus, na maioria das vezes, atinge as vias superiores, em vez do pulmão.
Isso não significa que não existe casos fatais, como o caso do menino de 12 anos de Santa Catarina. Dessa forma, os cuidados na hora da prevenção devem ser os mesmos.
“No início da pandemia, pensava-se que crianças não estavam sendo infectadas, mas agora está claro que a quantidade de infecção em crianças é a mesma que em adultos”, explica Andrew Pollard, professor de Infecções Pediátricas e Imunidade na Universidade de Oxford.
Quais são os principais sintomas do coronavírus em crianças?
De acordo com pediatras e estudos, os sintomas mais comuns do coronavírus em crianças são coriza, tosse seca, dor de garganta, febre baixa (maioria dos casos). Em alguns casos, os pequenos apresentam diarréia e vômito.
Na maioria das vezes, as crianças infectadas pela Covid-19 apresentam sintomas nas vias aéreas superiores (nariz, boca e garganta), sendo semelhantes a um resfriado comum.
Na literatura médica, os casos em que o vírus consegue acessar as vias aéreas inferiores, como o pulmão, são raros.
A explicação para essa diferença no contágio entre crianças e adultos ainda está sendo estudada.
Alguns acreditam que o coronavírus depende de uma proteína na superfície da célula para causar problemas; é provável que as crianças tenham menos receptores de ECA-2 em suas vias inferiores (pulmão) do que nas vias superiores.
Já outros atribuem ao envelhecimento do sistema imunológico ou baixa imunidade.
Qual é a hora de levar ao médico?
Em suspeita de coronavírus, os pais devem levar a criança apenas se ela apresentar desconforto respiratório, febre há mais de três dias, incapacidade de ingerir líquidos ou sólidos, vômitos persistentes ou diarréias. Caso contrário, não necessita ir ao médico.
Como prevenir uma criança de pegar o coronavírus?
As recomendações para evitar o contágio por coronavírus em crianças são as mesmas para um adulto. Uma delas é o isolamento social.
Em algumas cidades do Brasil, crianças menores de 12 anos continuam proibidas de entrarem em supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Com a flexibilização, no entanto, as regras estão mudando e, aos poucos, os pais voltam à rotina.
Dessa forma, com a rotina voltando ao normal, é ideal seguir as outras recomendações de prevenção, como uso de máscara. Apesar de ser desconfortável para o pequeno, é importante os pais explicarem a importância do acessório.
O distanciamento social também é outra forma de prevenir o pequeno.
Além dele, reforçar o hábito de lavar as mãos com água e sabão ao sair e chegar em casa. Se estiver na rua, use o álcool em gel com moderação.
Apesar de não prevenir, manter a imunidade da criança em dia é um caminho para evitar outras doenças e fatores de risco para a doença. Portanto, alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes, cereais e carne devem fazer parte da dieta do pequeno. A prática de exercício físicos também ajuda o sistema imunológico e evita a obesidade infantil.
Em resumo, o índice de crianças que morre por coronavírus é bem menor em relação aos adultos. No entanto, elas não estão imunes à Covid-19, muito menos livres de sintomas mais graves. Por essa razão, os cuidados na prevenção devem ser os mesmos que de um adulto.